22 de jun. de 2013

O Ônibus

Eu nunca me senti completa, o download só foi até 90%. Quando Robert, o corno do meu marido me deixa sozinha eu pulo a cerca vou passear com Billy, meu outro marido cachorro.

Certo dia, eu fui passear com ele cerca de uma hora da madrugada por ser retardada. Caminhava próximo à um cemitério quando fui atropelada por um carro. Achando que eu havia mortado morrido, me levantei.

Eu vi o motorista do ônibus que tinha um "3,20" pichado do lado que me disse que era pr'eu entrar no ônibus para Tangamandápio. Eu neguei e ele me disse educadamente:

— Sobe logo vadia!

Eu disse que não ia subir porque a passagem está muito cara.

No dia seguinte eu fiz a mesma retardadice da noite anterior e claro que aconteceu a mesma coisa. O cara queria me estuprar mas eu neguei.

Com certeza eu morri e o cara queria me levar pro Héu. Então toda a noite eu negava.

Numa dessas noites, o ônibus chegou.

— Vamos muié, eu não tenho a noite toda.

Meu cão disse "Vai se fudê!" pra mim e saiu correndo para dentro do ônibus.

— Billy, volte!

— Ele fez sua escolha.

— Vai se fudê!

Atirei uma pedra no ônibus que foi embora. Uhu, viverei eternamente.
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Vizinhas fofoqueiras: — Você sabia Fofonilda, a Strogonoff morreu. Ela foi atropelada por um carro que atropelava manifestantes.

— Eu soube sim. E o cachorro dela ganhou sozinho na loteria.

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